PECADO

PECADO - TEMA 1

Todos nascem pecadores (ou egoístas) porque todos nascem separados de Deus.

Como seres humanos, temos pelo menos duas coisas em comum. Primeiro, nascemos. Segundo, nascemos pecadores. Nosso problema de pecado começou por ocasião do nascimento, pois nascemos separados de Deus.

Às vezes as pessoas têm problemas com esta verdade. Olham um bebezinho recém-nascido, e dizem: "Como pode uma coisinha dessas, um ser assim tão vulnerável ser pecador?" Mas poucos têm problema em aceitar o fato de que um recém-nascido é altamente egoísta! Não quer nem saber se a mamãe está cansada ou o papai tem que trabalhar amanhã. Se o bebê deseja ser alimentado ou limpo, ou entretido, terá meios de fazer com que se saiba disso. Um bebê é inteiramente egoísta. Nascer neste mundo é uma experiência trágica!

"O pecado é a herança dos filhos. O pecado os separou de Deus." – Orientação da Criança, pág. 475. Devido ao pecado de Adão, sua posteridade nasceu com propensão inerente á desobediência. Ver Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.128.

Nas primeiras sete teses, estivemos tratando do assunto da justificação. Uma vez que o oposto de justiça é pecado, isso parece ser o próximo assunto lógico a considerar. Um claro entendimento de justificação e pecado é essencial para qualquer estudo do assunto da salvação pela fé. O modo como se encaram esses dois tópicos, pode representar a fenda na calçada que, posteriormente, toma-se o Grand Canyon.

Nosso estudo da justificação, até aqui, poderia ser resumido, dizendo-se que justificação deriva de relação com Jesus; não tem por base o comportamento. Se isso for verdade, então precisamos também definir pecado como algo mais do que comportamento. Somos pecadores por nascimento; somos pecadores por natureza. Nossa natureza é que é perversa; nossas más ações representam somente o resultado.

Paulo declara em Efésios 2:3 que somos por natureza filhos da ira. O Salmo 58:3 reza: "Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras.'' E no caso de não estar certo quanto a quem incluir entre os ''ímpios'' tenha em mente Romanos 3:10: "Não há justo, nem sequer um."

Conta certo relato que um escorpião desejava atravessar o rio. Ele encontrou uma rã junto à margem e pediu que lhe desse uma carona sobre suas costas.

"Oh! não!" disse a rã. "Se eu lhe deixasse subir às minhas costas, você iria ferroar-me e eu morreria."

"Por que iria eu fazê-lo?" perguntou o escorpião. "Se eu aferroasse e lhe causasse a morte, então nós ambos iríamos afogar-nos, e eu jamais conseguiria atravessar o rio."

Bem, o argumento do escorpião parecia ser lógico para a rã; e, assim, ela permitiu que lhe subisse às costas. Passou então a nadar através do rio.

Mais ou menos na metade do trajeto, o escorpião a ferroou. E, ao soltar seu último alento, a rã ainda disse: "Por que fez isso? Agora nós dois vamos morrer!" O escorpião respondeu com tristeza: ''Eu sei, mas não pude evitá-lo. É minha natureza. "

Este é o dilema da raça humana. Nossa natureza é caída. Não podemos evitá-lo. Mesmo reconhecendo que nos estamos destruindo, descobrimos que somos incapazes de parar de pecar, pois nossa natureza é que é má.

"O resultado de comer da árvore da ciência do bem e do mal, é manifesto na experiência de todo homem. Há em sua natureza um pendor para o mal, uma força á qual, sem auxilio, não poderá ele resistir." – Educação, pág. 29.

Por causa do pecado de Adão, "nossa natureza se acha decaída, e não podemos tornar-nos justos''. – Caminho a Cristo, pág. 62.

Devido ao fato de nosso problema de pecado ir mais fundo do que simplesmente fazer coisas erradas, visto sermos pecadores desde o momento em que nascemos neste mundo de pecado, então a resposta para o problema do pecado deve ir mais fundo do que comportamento. Deus Se propõe começar tudo de novo. Ele nos oferece um novo nascimento, com uma natureza totalmente nova.

Jesus explicou a Nicodemos, em Seu sermão da meia-noite, àquele auditório de uma só alma que, a menos que haja um novo nascimento, não temos esperança de ver jamais o reino dos Céus. O primeiro nascimento de nada vale para a vida eterna – é preciso seguir-se um segundo nascimento. A boa nova de salvação é que, por causa de Jesus, podemos receber nova natureza e, ao compartilhar Sua natureza divina, podemos escapar da corrupção do mundo pecaminoso no qual nascemos.



PECADO - TEMA 2

Deus não nos atribui responsabilidade por termos nascido pecadores.
Um dia, na Califórnia do Sul, um guarda rodoviário me fez parar no acostamento da estrada. Acontece que, exatamente naquele trecho, a rodovia estava em construção, o que era a causa da dificuldade. Eu estivera dirigindo na faixa errada, mas não me dera conta disso, porque a faixa de sinalização estava coberta de sujeira. Embora eu estivesse ciente da lei quanto à obrigação de dirigir na minha própria faixa, não percebi que a estava transgredindo naquela ocasião.

O oficial que me multou era de opinião que a ignorância não serve como desculpa. Mas eu entendia que era uma boa desculpa! Assim, em lugar de pagar a multa, apelei ao tribunal. Felizmente, o juiz viu a coisa segundo minha perspectiva e anulou a multa.

Quem você acha que estava certo, o juiz ou o patrulheiro rodoviário? Acha que a transgressão por ignorância é uma escusa legítima, ou não? Como considera Deus nossa ignorância, em termos de manter-nos sob a responsabilidade por quebrar Sua lei?

Poderíamos estudar várias passagens bíblicas para descobrir a resposta a esta pergunta. Ezequiel 18:20 declara: "A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. " Em S. João 15:22 Jesus disse: "Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado." E novamente em S. João 9:41: "Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado."

Já se perguntou por que levou tantos anos até que Jerusalém fosse destruída após Jesus ter vindo e falado à nação judaica, deixando-a sem desculpas? Por que não desceu fogo do céu na manhã da ressurreição e destruiu aqueles que assassinaram o Filho de Deus?

O livro O Grande Conflito apresenta duas razões: Primeiro, nem todos haviam ouvido, mesmo entre os adultos. Segundo, as crianças: "Muitos havia ainda entre os judeus que eram ignorantes quanto ao caráter e obra de Cristo. E os filhos não haviam gozado das oportunidades nem recebido a luz que seus pais tinham desprezado. Mediante a pregação dos apóstolos e de seus cooperadores, Deus faria com que a luz resplandecesse sobre eles; ser-lhes-ia permitido ver como a profecia se cumprira, não somente no nascimento e vida de Cristo, mas também em Sua morte e ressurreição. Os filhos não foram condenados pelos pecados dos pais; quando, porém, conhecedores de toda a luz dada a seus pais, os filhos rejeitaram mesmo a que lhes fora concedida a mais, tornaram-se participantes dos pecados daqueles e encheram a medida de sua iniqüidade.'' – Págs. 28, 29.

Não é bom sabermos que o Juiz de toda a Terra leva em consideração nossa ignorância de Sua lei, antes de pronunciar sentença sobre nós? Mesmo que sejamos pecadores por nascimento, Ele não nos imputa responsabilidade por nossa condição até que tenhamos suficiente luz e oportunidade para o arrependimento.

Temos pelo menos três problemas com o pecado, neste mundo. O primeiro é o problema da natureza pecaminosa com que nascemos. O segundo é o problema de nosso pecaminoso registro de vida, nossos pecados que cometemos no passado. O terceiro é o problema de nossos pecados no presente. Às vezes as pessoas fazem a idéia de que se parássemos de pecar no presente, e nunca mais falhássemos ou pecássemos, então não mais precisaríamos de Jesus. Mas enquanto aqui estivermos, necessitaremos de Sua graça justificadora para cobrir nossos pecamos passados e nossa natureza pecaminosa.

Por outro lado, alguns acham que algo precisa ser feito para expiar nossa natureza pecaminosa e, crendo que somos pecadores por nascimento, julgam necessário, batizar as criancinhas a fim de superar esse problema. Agostinho ensinou o que às vezes se chama a doutrina do pecado original, conquanto fosse mais apropriado chamá-lo de "culpa original". Ele cria na condição pecaminosa do homem quando do nascimento – e também cria que somos considerados responsáveis por tal condição.

Mas Deus jamais nos considera responsáveis por nossos pecados – seja no que respeita a nossa natureza pecaminosa, nossos pecados passados ou nossos pecados presentes – até que compreendamos duas coisas: Primeiro, o que é pecado, e, segundo, o que fazer a respeito. Somente então entra em cena a responsabilidade.

Deus não está empenhado em ver quantas pessoas Ele pode manter fora do Céu. Ao contrário disso, devido a Seu grande amor, Ele está fazendo tudo quanto um Deus de amor pode fazer para tornar possível que cada um ali esteja. A solução para a natureza pecaminosa, a pecaminosidade passada, o pecar no presente, é provida por Sua graça.





PECADO - TEMA 3

Pecamos porque somos pecadores. Não somos pecadores porque pecamos.
Um grupo de estudantes de medicina recebeu um cadáver para estudar durante seu curso de medicina. Reuniram-se no salão onde estava o cadáver e trocaram idéias sobre o problema que tinham diante de si.

"Ele parece horrivelmente pálido", frisou o primeiro estudante.

"E fica aí parado, sem fazer nada", acrescentou o segundo.

"Estou certo de que não pratica exercícios suficientemente para manter-se saudável", observou o terceiro.

"Creio que nosso primeiro objetivo deve ser fazê-lo movimentar-se por aí para melhorar sua circulação", concluiu o quarto. Assim, tentavam convencer o cadáver a se mexer, mas este apenas permanecia inerte sobre a mesa, frio e sereno, sem perturbar-se com o que dissessem ou fizessem.

Bem, esta é uma ilustração! Certamente já o perceberam! Mas empregando essa analogia um tanto tétrica, permita-me reformular a tese 10: "Um cadáver jaz sobre a mesa porque está morto. Ele não está morto porque jaz sobre a mesa." O comportamento típico de um cadáver ocorre como resultado de estar sem vida – não é a causa da morte.

Espiritualmente, nascemos modos. Paulo fala em Efésios 2:1 sobre estar "mortos em vossos delitos e pecados". Os atos pecaminosos que pessoas pecadoras cometem são apenas o resultado dessa condição, não a causa. Não estou tentando dizer que pecar não é pecaminoso! Estou argumentando que pecar não é o que nos torna pecadores. Se você pudesse parar todo comportamento pecaminoso exatamente agora, isso o tornaria justo? Não, apenas o tornaria bem comportado.

O Desejado de Todos as Nações, pág. 21, declara: "O pecado originou-se na busca dos próprios interesses." Pense nisso por um momento. Lúcifer havia sido honrado mais do que todos os anjos celestiais. Ele era o mais elevado dentre os seres criados. Mas em lugar de continuar buscando ao Senhor, em vez de manter-se em comunhão com Ele, em vez de ter como maior alvo a glória e honra de Deus, Lúcifer começou a visar a sua própria glória. O pecado não começou com Lúcifer roubando maçãs da árvore da vida. Começou com sua busca de glória e interesse próprio, e a glorificação da criatura em lugar do Criador.

É uma lei universal, que se torna impossível procurar a glória de Deus e nossa própria glória ao mesmo tempo. O primeiro dos três anjos de Apocalipse 14 vem com uma mensagem a toda nação, tribo, língua e povo: "Temei a Deus e dai-Lhe glória." Verso 7. A obra do evangelho não tem lugar para a glória do homem. Justificação pela fé "é a obra de Deus ao lançar a glória do homem no pó e fazer pelo homem aquilo que ele por si mesmo não pode fazer''. – Testemunhos Para Ministros, pág. 456. Adorar a nós próprios em lugar de Deus é a causa de todos os pecados que se seguem.

A pesara que tem força de vontade talvez seja capaz de controlar seu comportamento. Mas nem mesmo o mais forte pode mudar sua condição pecaminosa. "É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar." – Caminho a Cristo, pág. 18.

Qualquer mudança exterior que possamos realizar, separadamente de Cristo, resultará apenas na exaltação de nossa própria glória, e na redução a pó, da glória de Deus. E terminamos, mais do que nunca, longe da vida em Cristo, que é oferecida mediante relacionamento e comunhão com Ele.

Um cadáver pode ser lavado, penteado, e vestido com as roupas mais finas. Pode não ser culpado de cometer uma só coisa errada. Pode até ser levado para uma igreja. Mas ainda é um cadáver! Somente vida nova partindo do interior, dada por Deus, pode operar a mudança da morte para a vida. A nova vida é recebida mediante relacionamento com Ele. "A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte." Romanos 8:2.



PECADO - TEMA 4

Pecado (singular) – o viver longe de Deus,
resulta em pecados (plural) – praticar coisas erradas.
Há uma diferença entre pecado, no singular, viver longe de Deus, e pecados no plural, fazer coisas erradas. O viver separado de Deus é a base do pecado; as más ações que muitas vezes denominamos pecado são somente o resultado de nossa condição pecaminosa.

Às vezes vemos a coisa ao invés. Pensamos que fazer coisas erradas é o que nos separa de Deus. Mas a verdade é que separação de Deus é que nos leva a fazer coisas erradas. Pecado, singular, conduz a pecados, plural.

Consideremos Salomão. Evidentemente ele começou sua regência com coração em perfeita sintonia com Deus. Mas, ao se passarem os anos, deu-se uma mudança. "Sendo já velho, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e o seu coração não era de todo fiel para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai." I Reis 11:4.

Que aconteceu com Salomão? Começou ele a fazer coisas erradas, e persistiu em praticá-las até que seu coração não mais era perfeito? Não, foi exatamente o contrário. Essa descrição de sua decadência é encontrada nos Comentários de Ellen G. White do SDA Bible Commentary, vol. 2, pág. 1.301:

"Todos os pecados e excessos de Salomão podem ser acompanhados até a origem de seu grande erro em cessar de depender de Deus para obter sabedoria, e andar em humildade perante Ele."

O mesmo foi verdade quanto a Eva. Alguns têm pensado que ela caiu porque comeu o fruto – Quando o certo é que ela comeu o fruto porque havia caído. A certa altura, antes que ela estendesse a mão para apanhar o fruto, tinha chegado a desconfiar de Deus e a depender dela somente. A ação que se seguiu foi somente o resultado.

Pode levar tempo para alguém que esteja vivendo separado de Deus chegar à condição de cometer pecado aberto. Levou tempo para Salomão. Pode também levar tempo para alguém que esteja buscando a Deus, e um relacionamento com Ele, experimentar vitória ininterrupta. É possível estar buscando a Deus e ainda estar crescendo em termos de comportamento. Mas, no final, a condição do coração para com Deus é o fator decisivo para a vida exterior, tanto quanto para a interior.

Se o pecado (viver a vida longe de Deus) é a causa dos pecados (fazer coisas erradas), então de onde derivam os pecados quando estamos buscando um relacionamento com Deus dia após dia?"

O Desejado de Todas as Nações, pág. 668, responde a essa pergunta numa sentença: "Quando conhecermos a Deus como nos é dado o privilégio de O conhecer, nossa vida será de contínua obediência."

Mesmo quando O estamos buscando dia após dia, podemos ainda não conhecê-Lo como é nosso privilégio fazê-lo. Assim, pode haver ocasiões em que desviemos dEle os olhos por um momento. Pode haver ocasiões em que deixemos de depender dEle e confiemos em nós próprios novamente. E quando o fizermos, falharemos. Mas ao prosseguirmos em busca dEle, Ele nos conduzirá, a ponto de nEle confiarmos por todo o tempo, de modo a que nosso comportamento também seja correto.



PECADO - TEMA 5

Quem quer que viva sua vida separado de Deus, está vivendo em pecado.
Se a questão real do pecado jaz na área do relacionamento, em lugar de no comportamento, então, quem quer que viva vida separadamente de Deus, está vivendo em pecado. De fato, mesmo as "boas" obras, que são realizadas independentemente de um relacionamento de fé com Deus, são pecaminosas. "Tudo o que não provém da fé é pecado." Romanos 14:23. E, quando Jesus descreve a obra do Espírito Santo para convencer do pecado, Ele diz: "Do pecado, porque não crêem em Mim." S. João 16:9.

Em nossa tentativa de apreender esta verdade, consideremos o gramado da viúva. Suponhamos que uma viúva more do outro lado da rua, em frente da minha casa, e que todo domingo, à tarde, eu apare sua grama. Esta é uma boa ou má ação? Bem, provavelmente seja uma boa ação no que concerne à minha vizinha. Mas que dizer sobre meu próprio coração? Esta tese insistiria em que mesmo aparar a grama da viúva seria pecaminoso se eu estou vivendo à parte de Deus.

Um ateu pode decidir aparar a grama do vizinho. Isto o tornaria um cristão? Alguém que é simplesmente um bom membro de igreja, que não pensaria em fazer nada errado, mas que não tem tempo para oração pessoal, e estudo e comunhão com Deus dia a dia, poderia aparar a grama da viúva. Mas se a ação é praticada à parte de uma relação vital com Deus, o coração está errado, e assim a ação se torna pecaminosa para ele também.

Por exemplo, eu poderia estar aparando a grama da viúva porque desejo que os vizinhos me julguem uma boa pessoa. Ou poderia estar aparando a grama porque estou tentando expiar algum pecado passado em minha vida. Poderia estar aparando a grama da viúva porque ouvi dizer que ela tem uma boa reserva financeira e estou esperando que se lembre de mim no seu testamento. Separadamente de Deus, os meus motivos serão egoístas, e qualquer ação que praticar, boa ou má, exteriormente, será pecaminosa.

É possível que a mais agradável aparência exterior acoberte o pior tipo de pecado. O Universo se tem, por séculos, admirado da maneira como muitas vezes o mais fraco e mais deficiente termina mais próximo de Deus, enquanto o mais forte e mais bem comportado O rejeita completamente.

Dentre os discípulos, aquele que seria mais provavelmente visto como o que faria sucesso, terminou sendo o que traiu a Jesus. Os líderes religiosos de seus dias o rejeitaram e crucificaram, enquanto os publicanos, prostitutas e ladrões tomaram-se Seus firmes seguidores.

"O tentador freqüentemente opera com muito êxito por meio daqueles de quem menos se suspeita estarem sob o seu domínio. ... Muito homem de intelecto culto e maneiras agradáveis, que se não rebaixaria ao que comumente é considerado um ato imoral, não passa de instrumento polido nas mãos de Satanás." – O Grande Conflito, pág. 509.

E Caminho a Cristo, pág. 55, nos diz: "O amor da influência e o desejo da estima alheia poderão determinar uma vida bem ordenada. O respeito próprio poderá levar-nos a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta poderá praticar ações generosas."

Se o coração é pecaminoso, uma vida bem ordenada pode ser um engano ainda maior. O que é mais perigoso: uma garrafa marrom escura debaixo da pia, com a gravura de um crânio e duas tíbias no rótulo, e veneno no interior, ou uma garrafa no refrigerador com a marca "7-Up" com veneno dentro?

Você está vivendo em pecado hoje? Faz pouca diferença se é fraco e deficiente ou se é um fariseu dos fariseus, como Paulo, antes que se encontrasse com Jesus na estrada de Damasco. O caminho para a liberdade do pecado – seja esse pecado manifesto em "bom" comportamento ou "mau" comportamento – é ir a Jesus para obter salvação, e continuar indo a Ele. Somente Jesus pode conduzir-nos do pecado para a justiça.