A CRUZ

A CRUZ - TEMA 1

Deus perdoa os pecadores, não os pecados, mas a Bíblia chama a isso de perdão dos pecados. Jesus morreu porque os pecados não podiam ser perdoados.
Talvez devesse admitir logo de começo que esta tese é um jogo de palavras para chegar a uma conclusão. Alguns acham esta tese atraente; outros a acham alarmante. Mas, por meio de uma história, tentemos compreender a verdade envolvida.

Certa vez estava dirigindo por uma estrada vicinal, superando em muito o limite de velocidade, para tentar compensar o tempo perdido. Estava atrasado para um funeral! Mas, não demorou muito, uma segunda nuvem de poeira veio juntar-se à minha e dentro dessa segunda nuvem de pó estava um policial rodoviário.

Ele me fez ir para o acostamento. A princípio, parecia muito severo ao pedir-me a carteira de motorista e os documentos do carro. Mas, depois de ouvir quem eu era, e a natureza de minha "emergência", ele passou a ser um tanto mais delicado.

Ele disse: "Pensei que tinha apanhado um carro roubado. Agora não sei o que fazer com você. Se lhe der uma multa, será publicada amanhã no jornal da cidade, e isso será embaraçoso para você perante seus paroquianos. De qualquer modo, não creio que uma multa seja a solução.

"Eu disse: ''Não, senhor guarda. Também não creio que fosse."

Finalmente, ele disse: "Pode ir embora! Você está certo. " E seguiu o seu caminho, e eu o meu – vagarosamente!

Esse oficial de trânsito fez o que Deus não faz, e ilustra a diferença que estou tentando traçar entre o perdão dos pecadores e o perdão dos pecados. O oficial "perdoou o meu pecado'' em superar o limite de velocidade. Mas, ao fazê-lo, não estava sendo justo para com a lei da região que proíbe viajar acima de certa velocidade.

Deus não muda Sua lei. Ele não permite exceções. Quando o homem transgride, não é uma de Suas opções simplesmente dizer: "Tudo bem, não se preocupe. Desta vez passa."

"Fosse possível ser a lei mudada ou anulada, então não era necessário Cristo ter morrido. Anular a lei, porém, seria imortalizar a transgressão e colocar o mundo sob o domínio de Satanás. Foi porque a lei é imutável, porque o homem só se pode salvar mediante a obediência a seus preceitos, que Jesus foi erguido na cruz." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 762, 763.

O que Deus faz é perdoar pecadores. Existe uma diferença! Se o oficial de trânsito me tivesse tratado como Deus me trata, ele não teria tido outra opção senão multar-me. Eu teria sido chamado a comparecer perante o tribunal, e o juiz me teria declarado culpado e me dado uma multa de certa quantia de dinheiro.

Se eu não tivesse a quantia requerida, teria que cumprir algum tempo na prisão. E, quando isso fosse determinado, o guarda rodoviário ter-se-ia adiantado, tirado sua carteira e pago, ele próprio, a multa para que eu saísse livre. Se ele tivesse feito isso, teria exaltado a lei e, ao mesmo tempo, me salvado da penalidade por minha transgressão.

A humanidade quebrantou a lei de Deus. E em vista de não poder Deus perdoar os pecados, Ele não pôde menear a cabeça perante Adão e Eva e declarar: "Podem ir embora! Vocês estão certos." Se tivesse feito isso, todo o Seu Universo estaria correndo perigo.

O governo de nosso país às vezes nos deixa escapar por bem pouco. Podemos às vezes violar a lei e não ser apanhados. De fato, alguns estimam que 80% dos crimes permanecem sem solução. Mesmo quando somos apanhados, podemos ter permissão de escapar à penalidade de nossos pecados.

Não é assim, porém, no governo divino. O pecado não fica sem ser detectado, e não pode ser passado por alto. Romanos 6:23 é sempre verdadeiro: ''O salário do pecado é a morte."

Por causa de Seu amor, Deus encontrou uma saída. A morte de Cristo na cruz deixou-o livre para perdoar os pecadores. Assim Ele resguarda tanto Sua justiça quanto sua libertação.



A CRUZ - TEMA 2

Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras.
Você é o juiz. Estamos em meio à Segunda Guerra Mundial. Hitler é capturado e trazido para o seu tribunal. A evidência contra ele surge revelando horror sobre horror. Você ouve sobre as câmaras de gás. Ouve sobre pessoas obrigadas a cavarem suas próprias sepulturas e depois serem fuziladas para cair nelas. Ouve sobre crianças famintas sendo arrastadas enquanto clamam por seus pais, somente para vê-los sendo mutilados pelos soldados alemães. Vê fotos de feridas abertas, cadáveres em decomposição, olhos lânguidos. Você é o juiz. Que sentença haveria de proferir?

Espere um minuto, agora! Certifique-se de que agirá com amor! Deseja adquirir a reputação de ser um juiz irado e insensível? Se achar que Hitler deve ser punido, não irá isto colocá-lo no mesmo nível dele?

Um conceito muito falado em tempos recentes é o de que Deus é um Deus de amor e, portanto, não iria ferir a ninguém. Denuncia-se como pagã a idéia de que a morte de Cristo foi necessária. Alega-se: "Deus não é um Deus irado, precisando ser apaziguado. Ele não é um Deus de juízo. O que parece ser o juízo divino é simplesmente resultado de nossas más escolhas. Não seria compatível com o amor de Deus trazer destruição e morte."

Talvez Hitler seja um exemplo extremo. Tentemos encontrar um do Velho Testamento. Os filhos de Israel estavam tendo uma festa. Aproveitavam o fato de Moisés estar fora da cidade, e Arão no comando. Com a ajuda dele, construíram um bezerro de ouro. Mas, bem no auge da celebração, Moisés retornou inesperadamente. Lembra-se do resultado? Os que se arrependeram foram forçados a beber seu ídolo, e os que não se arrependeram foram mortos. Isso parece bastante severo. Deus tomou a atitude amorável nessa situação?

"Foi pela misericórdia de Deus que milhares devessem sofrer, para evitar a necessidade de executar juízos sobre milhões. A fim de salvar a muitos, Ele tinha de castigar a poucos. Ademais, como o povo rejeitara sua submissão a Deus, privara-se da proteção divina, e, despojados de sua defesa, a nação toda estava exposta ao poder dos inimigos. Se o mal não tivesse sido prontamente eliminado, logo teriam eles caído presa de seus numerosos e poderosos adversários. Era necessário para o bem de Israel, e também como lição a todas as gerações subseqüentes, que o crime fosse imediatamente castigado. E não menos misericórdia era para os próprios pecadores que fossem suprimidos em seu mau caminho. Se sua vida houvesse sido poupada, o mesmo espírito que os levara a rebelar-se contra Deus ter-se-ia manifestado em ódio e contenda entre eles mesmos, e ter-se-iam finalmente destruído uns aos outros. Foi por amor ao mundo, por amor a Israel e mesmo pelos transgressores, que o crime foi punido com uma severidade breve e terrível." – Patriarcas e Profetas, págs. 325 e 326.

O pecado nunca fica sem paga. Acarreta morte e não é possível simplesmente cancelar as conseqüências. Somente de um modo pode a justiça lidar com a realidade do pecado, isso é, se algum outro receber a penalidade. "Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras." I Coríntios 15:3. Esta é a simples declaração da verdade bíblica sobre o assunto. Isaías 53:5 declara: "Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades." Isaías 53:5.

A justiça é tão amorável quanto a misericórdia. Se o seu filho está batendo em sua filha, você não ama o garoto ou a garota se não fizer alguma coisa para interromper a briga. A morte de Cristo em favor daqueles que aceitam o Seu sacrifício, e a punição final daqueles que não o aceitam, no lago de fogo, é a coisa mais amorável que o Juiz do Universo pode fazer diante da terribilidade do pecado. A morte de Cristo e a punição final dos ímpios revela Seu amor, tanto quanto o faz a Sua misericórdia estendida ao pecador arrependido. O verdadeiro amor deve prover a justiça e a misericórdia combinadas.



A CRUZ - TEMA 3

A cruz tornou possível que Deus fosse justo e ainda perdoasse a todos.
A princípio, ele estava vibrando. É verdade que havia perdido a última batalha e sido expulso do Céu, mas agora Lúcifer contava com o seu próprio reino, tendo mais de um terço dos anjos celestiais sob seu controle direto. Certamente com este tipo de começo ele em breve seria capaz de reagrupar e realizar um novo ataque, e a próxima batalha haveria de terminar em seu favor.

Mas, não levou muito tempo, os problemas de seu governo começaram a se manifestar. Não havia unidade nas fileiras. Agora que o conflito direto com o Filho de Deus havia findado, os anjos caídos começaram a encrencar uns com os outros. Suas freqüentes arengas eram motivo de aborrecimento até mesmo para Satã!

Mas um conflito ainda mais profundo, passava-se em seu coração. Satanás estava solitário. Ele o sentia agudamente no momento em que os coros celestes se dirigiam em louvor a Deus! Tinha sido o líder desses coros. E a terribilidade da escolha que fizera começava a fazer-se sentir. Ele antecipava um futuro que era mais negro do que qualquer coisa que já pudesse ter imaginado.

O livro História da Redenção oferece esta descrição:

Satanás treme ao contemplar sua obra. Ele está sozinho, meditando sobre o passado, o presente e o futuro de seus planos. Sua poderosa estrutura vacila como numa tempestade. Um anjo do Céu está passando. Ele o chama e suplica uma entrevista com Cristo. Isto lhe é concedido. Então, relata ao Filho de Deus que está arrependido de sua rebelião e deseja voltar ao favor divino. ... Cristo chorou ante o infortúnio de Satanás mas disse-lhe, como pensamento de Deus, que ele jamais poderia ser recebido no Céu. O Céu não devia ser colocado em perigo. Se fosse recebido de volta, todo o Céu seria manchado pelo pecado e rebelião originados com ele." – Pág. 26.

Satanás saiu dessa entrevista com Cristo com a determinação de tentar outro estratagema. Determinou provocar a queda da humanidade. Isso cumpriria o que ele falhara em conseguir por outros meios. As primeiras acusações contra Deus haviam questionado Sua justiça. Agora ele teria um campo de prova para testar sua alegação.

Se a humanidade pecasse, isso provaria que a lei de Deus era injusta e não podia ser obedecida. No mínimo, Satanás poderia assumir o governo da Terra. Mas se Deus oferecesse algum plano para restaurar a humanidade ao favor do Céu, então Satanás teria a oportunidade que estava realmente procurando – uma chance de ser reincorporado lá. Pois se Deus podia permitir à humanidade outra chance, seria justo que Satanás recebesse nova oportunidade também.

Mas a mente de Deus já havia feito provisões para uma tal emergência. Desde a eternidade, um plano havia existido para realizar tanto a restauração da caída humanidade, quanto a vindicação de Deus das acusações de Satanás.

Mediante a morte de Cristo na cruz, Deus pôde ser "justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus". Romanos 3:26. O sacrifício de Cristo em nosso favor permitiu a Deus manter tanto a justiça quanto o perdão. A cruz revelou a justiça de Deus, enquanto ao mesmo tempo propiciava um método pelo qual o homem pudesse ser perdoado sem destruir a justiça de Deus.

Para Satanás, que havia pecado deliberadamente em plena luz e conhecimento do amor de Deus, nenhuma manifestação maior desse amor era capaz de mudar seu coração rebelde. Mas para a humanidade, enganada e confusa, Deus podia oferecer outra oportunidade. Para aqueles que estivessem dispostos a aceitá-lo, o amor, justiça e misericórdia de Deus reveladas na morte de Cristo, fariam uma diferença. Para aqueles que se dispõem a aceitá-lo, um caminho de salvação foi propiciado.



A CRUZ - TEMA 4

A morte de Cristo foi necessária a fim de sermos perdoados.
Suponhamos que você decida que deseja revelar o amor de Deus ao povo de Chicago. Assim, você se muda para o centro dessa cidade e começa a caminhar pelas ruas, ajudando aqueles que estão em dificuldade, tomando tempo para ouvir os que estão solitários, e fazendo tudo quanto possa para partilhar o amor de Deus com aqueles que encontra.

Mas Chicago é um lugar perigoso, especialmente após escurecer. E se caminhar pelas ruas após a meia-noite, você estará inevitavelmente correndo riscos. Você leva avante seus planos por algum tempo e consegue ser uma bênção para certo número de pessoas. Certa noite, porém, você passa por um beco escuro onde algum criminoso desesperado está à espreita, e você perde a vida.

Aqueles que o conheceram em Chicago descobrem o que lhe ocorreu. Contam a outros como você morreu para revelar o amor de Deus. E assim a sua morte se torna significativa, por causa dos riscos que esteve disposto a correr a fim de alcançar o povo de Chicago com o amor de Deus.

Acredita ser esta uma boa analogia para a morte de Cristo sobre a cruz? Sua morte foi necessária a fim de obtermos o perdão? Ou foi a morte de Cristo meramente acidental? Ele veio à Terra somente para revelar o amor de Deus, mas morreu simplesmente porque a Terra é um lugar perigoso para se viver? Ou foi Sua morte parte essencial de um plano para salvar a humanidade?

Existe uma "teoria da influência moral" da expiação que insiste em que a morte de Cristo não era essencial. Alega que a humanidade poderia ser perdoada independentemente da morte dEle. Um dos erros que essa teoria tenta desfazer é a idéia de um Deus irado que precisa de "um quilo de carne" a fim de abrandar Sua ira. E a verdade é que o propósito da morte de Cristo não foi satisfazer a vingança de Deus. Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo. Mas a morte de Cristo foi necessária por outras razões?

Há este lampejo no livro O Grande Conflito, pág. 73:

"Jesus morreu como sacrifício pelo homem porque a raça caída nada pode fazer para se recomendar a Deus. Os méritos de um Salvador crucificado e ressurgido são o fundamento da fé cristã."

Os sacerdotes e príncipes reuniram-se ao redor da cruz no dia da crucifixão. Não estavam dispostos a aceitar um Cristo crucificado. Disseram: ''É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele." S. Mateus 27:42. E possível ecoar esse mesmo pensamento hoje? É possível desejar que Cristo desça da cruz a fim de ser capaz de crer?

É um golpe ao orgulho humano admitir que precisamos ser salvos, em vez de ser educados. Mas a base integral da fé cristã é a premissa de que a humanidade carece de um Salvador.

A Bíblia ensina repetidamente que Cristo é o nosso Substituto. Talvez a passagem mais bem conhecida esteja em Isaías 53:

"Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos." Versos 4-6.

Todo o sistema sacrifical, desde Adão e Eva às portas do Éden até o ritual do templo dos dias de Jesus, baseava-se no entendimento de que um substituto deveria vir para tomar o lugar do homem pecador a fim de que este pudesse ser salvo. Cristo era ''o Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo". Apocalipse 13:8.

Embora seja mortificante para o coração humano, a salvação só ocorre ao aceitarmos o Salvador crucificado e ressurreto. ''Ao ajoelhar-se em fé junto à cruz, alcançou ele o mais alto lugar que o homem pode atingir.'' – Atos dos Apóstolos, pág. 210.



A CRUZ - TEMA 5

Nada podemos acrescentar ao que Jesus fez na cruz, mas Deus pode acrescentar muitíssimo.
Durante a Assembléia da Associação Geral, em Dallas, Texas, um dos itens da agenda era uma discussão e reexame das doutrinas da igreja. Uma das crenças a que a igreja dedicou especial atenção foi a doutrina da expiação. Comentários a favor e contra surgiam de todo lado – alguns insistindo em que crêssemos numa expiação completa; outros, certos de que cremos numa expiação incompleta. Eu estava sentado na galeria, observando H. M. S. Richards, o pai, sentado lá embaixo no auditório central, lendo sua Bíblia, aparentemente alheio ao que se passava em volta!

Certa vez ele comentou sobre certa Conferência Bíblica de que participara: ''Recebi uma grande bênção naquela semana – tive condições de ler totalmente o Novo Testamento enquanto estive naquelas reuniões!" Mas eu estava desejoso de que ele se levantasse e dissesse alguma coisa para nos ajudar a todos quando W. G. C. Murdoch foi à plataforma. Ele disse: "Os adventistas do sétimo dia sempre creram numa expiação completa que ainda não se completou.''

O sacrifício de Cristo sobre a cruz foi um sacrifício completo. Quando Cristo exclamou: "Está consumado", estava dizendo a verdade. Ele havia completado a obra que viera à Terra realizar.

"Ganhara a batalha. Sua destra e Seu santo braço Lhe alcançaram a vitória. Como Vencedor, firmou Sua bandeira nas alturas eternas. Que alegria entre os anjos! Todo o Céu triunfou na vitória do Salvador. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava perdido." – O Desejado de Todas as Nações, pág. 758.

E nada há que possamos acrescentar ao Seu sacrifício. Nossas boas obras nada adicionam. Nossa obediência ou sacrifício próprio nada somam. Somente podemos aceitar o completo sacrifício de Cristo em nosso beneficio.

Mas a expiação ainda não estava completa. Na analogia do Velho Testamento sobre o Dia da Expiação, o dia não findava quando o sumo sacerdote oferecia o sacrifício. Os pecados do povo ainda precisavam ser transferidos para o bode expiatório, e o bode expiatório tinha de ser levado para o deserto. Quando Jesus morreu sobre a cruz, a batalha para tornar-se nosso Substituto pelo pecado havia sido ganha. Mas a guerra ainda não estava (nem está) concluída.

Se Deus tencionasse nada mais fazer quanto a nossa reabilitação depois da cruz, nunca deveríamos ter conhecido um dia de dor ou sofrimento ou morte desde então. Quando Cristo saiu da tumba na manhã da ressurreição, todos que sempre viveram e morreram deveriam sair com Ele – não somente as poucas "primícias". Quando Ele ascendeu ao Céu, todos quantos O aceitaram, desde Adão até o ladrão na cruz, deveriam ter ido para o Céu com Ele. Mas isso não ocorreu, como bem sabemos.

Seria um grave erro imaginar que qualquer coisa que possamos fazer adicione algo ao que Jesus fez por nós na cruz. Seria um mal-entendido semelhante a julgar que todo o plano da salvação foi completado na cruz. A cruz é o fundamento da fé cristã mas nenhum edifício é completo quando o alicerce está completo, não importa quão sólido e firme esse alicerce possa ser.

O tempo adicional necessário para os propósitos de Satanás tornarem-se plenamente conhecidos e reconhecidos por todo o Universo faz também parte do plano de Deus. Levar o evangelho a todo o mundo, para que cada indivíduo possa ter uma oportunidade adequada de aceitá-Lo ou rejeitá-Lo, é parte do plano de Deus. A vinda de Jesus em poder e glória para levar Seus filhos para o lar celestial é parte do plano de Deus. Os mil anos no Céu, dando a cada pessoa uma chance de examinar os registros do julgamento e saber que Deus foi justo e bom, é parte do plano de Deus. O confronto final com os exércitos do inimigo, o desmascaramento de Satanás perante as multidões a observar, quando todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é Senhor – isto também é parte do plano de Deus.

E a destruição dos ímpios, raiz e ramos, seguida pela recriação da Terra, também são parte do maravilhoso plano de Deus para nossa salvação e restauração. Ele apenas começou. O fim será mais glorioso do que podemos imaginar, pois "desde a antigüidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que nEle espera." Isaías 64:4.